sábado, 26 de dezembro de 2009

AS GIGS E O NOSSO COMPORTAMENTO



Nós músicos sempre esperamos o celular tocar! Ou esperamos o email chegar!

Dependemos de indicações e bons relacionamentos para podermos trabalhar no dia a dia. Nosso principal meio de divulgação é a boa referência de trabalhos já realizados.Salvo em situações como concursos públicos em cargos de professor, ou vagas em orquestras raramente o release, ou curriculum vitae nos serve de fato num pente fino pra um trabalho.

Testes ou audições para entrarmos em bandas de artistas raramente acontecem aqui no Brasil. O que é uma pena, pois assim outras pessoas que não fazem parte do “clubinho” ou das “panelinhas” pelo menos poderiam tentar e mostrar seu talento em oportunidades novas.

Aqui funciona o famoso Q.I.. Nada contra essa maneira, pois assim pessoas certas pra cada trabalho geralmente são chamadas por indicação de quem já trabalhou junto e sabe como é o “play” e o comportamento dessa pessoa.

As “panelas” existem justamente pela confiabilidade e afinidade musical e profissional entre as pessoas. Não se pode conviver com um bom músico e mala sem alça, pois viagens rolarão, quartos talvez sejam divididos, almoços em grupo, e ensaios em salas pequenas podem gerar facilmente brigas e discussões quando o grupo não se entende além palco.

Existem músicos excepcionais que não se encaixam no perfil pessoal de trabalhos por vários motivos e muitas vezes ficam sem trabalhar por tempos.

Se músico é impreterivelmente se relacionar bem em grupo. Às vezes queremos e até com razão deveríamos mandar o cantor (a) ou quem seja às favas (pra não dizer outro lugar)!

Mas geralmente somos “contratados” pra servir num determinado perfil e deveríamos ter a paciência necessária!Nem sempre é possível mas temos que tentar!

Se o telefone não tocar você deve pensar em várias coisas: estou me portando bem nas gigs?Chegando pontualmente? Estou interado nos estilos requisitados?

Tudo pode ser apenas uma questão de dias para ele voltar a tocar!

Mas pode ser também o reflexo de nosso comportamento.

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