domingo, 9 de outubro de 2011

Músicos e Técnicos de Som prt 2






Numa conversa informal no ônibus que nos levaria ao Rio para um show com a cantora Paula lima, os amigos e técnicos de som Fernando Leite e Lincoln Mendes nos apresentaram uma frase, completando um ao outro e se referindo às suas funções naquele dia, que de certa maneira resume o assunto desses posts:
“Monitoração é Garcon e P.A. é Arte!”
Apesar de morfologicamente tosca a frase resume e define esse conceito.
 O Técnico de monitor deve servir os músicos e cantores em suas necessidades. A mix varia para cada músico. Uns gostam de ouvir pouco do próprio instrumento e muito do restante, já outros pedem muito de si e preferem ouvir os outros pelos monitores dos outros.
 Com a monitoração “in ear” esse paramêtro muda ligeiramente, mas a relação da mix é única é indiferente de um músico para os demais. Ele serve com o que cada um prefere e gosta de ouvir.
O do técnico de P.A. tem uma carga a mais de valor musical e agrega uma porção maior de conceito artístico.
De maneira alguma desmereço a monitoração, mas essa resvala na satisfação de cada músico e sua importância é de caráter individual, enquanto que no P.A. é de caráter coletivo.
 O técnico de P.A. é como mais um elemento na banda. Sua mix tanto pode valorizar e esquentar a música como pode por tudo a perder e descaracterizar o conceito da banda ou artista.
Enquanto tocamos não podemos sentir o monitor e o P.A. ao mesmo tempo, portanto a confiança e o convívio com troca de idéias entre músicos e técnicos é fundamental.
Acredito que técnicos músicos têm uma vantagem sobre os que não são também músicos. Eles têm em sua bagagem além da linguagem do áudio a linguagem musical para os apoiarem.
Ser também músico não é um pré requisito para um bom técnico de som, mas tal fato soma e conceitua seu trabalho.
Sem dúvida valoriza e credita sua performance.

Nenhum comentário: