domingo, 2 de outubro de 2011

Relações Cotidianas prt 2

Num projeto musical onde somos representados por um arranjador perante o produtor/empresário, tal atitude deve ser de mediação e de certo modo de defesa dos interesses musicais e “trabalhistas” se assim pudermos nos referir às condições informais e de bom senso com as quais nos relacionamos.
Devemos entender que por vezes o arranjador fica entre a cruz e a espada traduzindo questões entre os dois lados: o de quem paga e quer resultados e o de quem executa e necessita de condições para tal.
Às vezes atitudes de certo “puxasaquismo” , com o perdão do neologismo, me irritam e confesso que busco energia nas contas a pagar e compromissos financeiros assumidos para realizar de maneira eficaz e profissional o que me proponho a fazer.
Atitudes como querer agradar o artista e “crescer” em cima dos músicos para manter-se “por cima” me tiram do sério.
Com músicos sérios e comprometidos com o resultado e a satisfação dos envolvidos basta esclarecer os pontos e cobrar musicalmente o proposto. Em muitos casos “comprar” a dos músicos é saber se relacionar bem e chegar no melhor resultado.
Aceitar demais as viagens dos artistas e entrar nas “viagens non sense” somente mostra a falta de personalidade do arranjador.
O instrumentista respeita muito mais o arranjador que por vezes mostra a idéia e a afirma contundentemente do que aquele que muda instantaneamente para agradar e rebaixa sua idéia e conceito por um capricho à toa.
Mas enfim , existem artistas e artistas, músicos e músicos, arranjadores e arranjadores.

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